quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu, Ilia Noronha






Eu, Ilia Noronha


Eu escrevo bem, mas não melhor que muitos que existem. Não me considero poeta, nem escritora e nem nada. Tenho mais de 300 textos e nenhuma publicação e nem penso muito nisso. Não pelo fato de que eles mereçam, mas porque ainda, AINDA, não passa pela minha cabeça. Estou saboreando... Já fui uma garota muito reservada, gosto de ficar na minha, quieta no meu canto, pensando e escrevendo. Se você ler todos os meus textos ou alguns, perceberá que é uma autobiografia me poesias. Têm exatamente três anos que escrevo e só no primeiro ano dediquei todos os meus textos a um homem... Que ironia... Hoje nem nos falamos, se soubesse não teria perdido tanto tempo. Mas como me conheço muito bem teria escrito assim mesmo. Você não pode mudar o passado, essa é a minha lição de vida.

Tenho 26 anos e analisando toda a minha trajetória até levo um pouco de susto. Fui de menina santa à mulher mais odiada... Fui apaixonada pelo melhor amigo da escola e depois a um homem extremamente lindo e uma boca deliciosa, porém casado. De ser magoado a decepcionar os amigos. Nossa já fui ate chamada de safada e outros nomes que não ficam bem dizer aqui, mas você pode imaginar. Eu nunca fui popular, odiava ficar com as meninas que se achavam “os populares”. Sempre fui de ficar com os meninos, talvez hoje saiba mais (ou menos) o que se passa na mente de um homem do que nas mulheres.

Como eu fui chorona... Na época não sabia por que tinha aqueles momentos de tristeza, mas agora sei e posso controlar às vezes. Deviam ter me visto como me vestia bermudão e blusa, quase um garoto. Minha mãe odiava, minha irmã (uma patricinha de carteira) subia pelas paredes. Porem eu tinha um motivo, odiava meu corpo. Eu era (e sou) muito alta, a maior da turma, um corpo curvilíneo e seios grandes. E ainda tinha a pressão de manter o peso... Hoje estou um pouquinho a cima do peso. E os sentimentos do coração. Ai, ai... Ainda bem que não namorei na época de escola, provavelmente estaria casada.

Eu não mudei muito, tonei-me mais feminina, comecei a dar valor a mim, a gostar de mim e do meu corpo. Mas ainda tenho um pouquinho de vergonha e muita timidez. Tenho feridas do passado, marcas permanentes que eu sei que o tempo não vai apagar e nem curar, porem sei que pode amenizar a dor. Sei que tudo que passei na minha infância a minha “maturidade” é uma lição. Tudo o que disse não pode ser apagado nem esquecido e muito menos lembrado porque as palavras ferem. Ainda tenho muitos anos pela frente, os erros que cometi no passado estarei pagando no futuro “Tudo que vai, volta”.

Eu acredito que tenho um futuro comum, mas eterno. Eu me vejo casada com um bom homem, dançando ao som de “Into de Sun” com um vestido florido e um arranjo de flores na cabeça. E com três filhos, se Deus permitir, o Victor Hugo (escolha de minha mãe), Valentina e Luca. Morando em uma casa simples com um jardim onde possa cultivar as minhas flores e um cachorro. Eis o meu futuro. E é nisso que penso e sonho porque não faz mal. Reflito no que fiz e no que pretendo fazer. Acredito que as pessoas deviam fazer isso nos seus momentos de “solidão”. Lembrar de coisas boas e ruins, rir ou chorar, ver no que você errou para acertar. Ter um dia para você e seus pensamentos. O que lhe custa?... Nada pode te acontecer. E no final você ficará sabendo que seu dia foi perfeito.

Eu vou fazer 27 anos e nem é a metade da minha vida, mas é um pouquinho da minha evolução.




http://www.youtube.com/watch?v=fakcRnTVlc8

Me liberte ou me aceite




Me liberte ou me aceite.

Anos se passaram, mas não o esqueci
E sei que nem você me esqueceu
Essa nossa convivência mútua
De amor e amizade nada valeram

O que fazer com o sentimento
Que você fez nascer dentro de mim?
Esperar você se magoar com as outras
E depois vim correndo para mim

Não! Não quero isso, não procuro por isso
Quero deixar minhas marcas em você
Para serem lembradas de como o amava
Por que não me aceita como sou?...

As vezes somos enganados pelo tempo
Fazendo que tudo o que tínhamos
Voltasse e recomeçasse do inicio
Somos a marionete do destino?

Seja honesto comigo apenas uma vez
Me liberte do castigo que me impõe
Fazendo acreditar que me ama
Se na verdade é apenas uma ilusão

Deixe-me ir para longe de você
Longe de tudo que me fez acreditar
Dessa vida ilusória e maldita
No qual vivemos

Não sou sua válvula de escape
O seu consolo no final do dia
Sou mais o que seus olhos possam ver
Sou o futuro de alguém.

Me aceite ou me liberte
Porque não quero viver num
Vale de lagrimas e solidão
Não quero viver da sua dor...