sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eterno

Como pode esquecer alguém
Que não pode ser esquecido

Como pode viver na saudade
Se não sabe os seus verdadeiros
Sentimentos

Um dia tudo eterniza
Em uma poesia.





Escrito em 18/12/2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Profano




Profano

Minha pele procura
O contorno dos seus lábios
Para aprovação de um desejo
Maior que a cobiça divina
Meu corpo profana teu corpo
Descobrindo os prazeres da vida
Minha alma se entrega a sete pecados
Carnais numa violação das leis
Que regem o fruto proibido
O sangue ferve em tuas mãos quentes
Que caminham em direção aos meus seios
Mostrando os teus impulsos ladinos
Felinos cheios de loucuras masculinas
Profane os mistérios do meu cálice sagrado
Descubra a magia do meu corpo
E prove o único sabor do fruto proibido
Que se encontra em meu ser...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Momentos

Momentos

Antes do amanhecer
Quero acordar do seu lado
Ouvir os sons dos pássaros
Beijar seus lábios carnudos
Sentir suas mãos nos meus seios desnudos

No entardecer
Quero olhar nos seus olhos
Enxergar o mundo inteiro
E dizer bem baixinho no seu ouvido
Que a felicidade é estar com você.




HIViver sem Preconceito / Saber HIViver





HIViver sem preconceito

H ouve aqueles que fizeram a diferença e venceram.
I ncomum é o que não queremos ser
V iver a vida plenamente é a nossa meta.

A mar a si mesmo é ter responsabilidade
I gnore aqueles que usam o preconceito como arma
D ivirta-se e brinque, mas sempre com um pensamento:
S exo e amor sempre com camisinha







Saber HIViver

O que mais acho estranho são as campanhas sobre a prevenção contra a Aids. Elas aparecem com mais ênfase nos carnavais e no dia mundial contra a Aids (dia 1º de dezembro) e o resto dos dias? Lembro-me que quando mais jovem, na escola falava-se pouco, assuntos sucinto que tínhamos que usar camisinha sempre em relações sexuais. Para nos prevenir não só contra a AIDS/HIV, mas também DST’s e gravidez. Sinceramente era um assunto tão repetitivo que não ligava muito para isso, pelo simples fato que na época me dedicava muito aos estudos. Namoro estava fora de cogitação.
E nesses dias estava assistindo um filme que contava sobre a vida de Cazuza, um perfeito e imperfeito poeta e musico. Louco, mas falava o que pensa. Um homem avançado para a sua época. E uma das cenas marcantes para mim, foi quando ele descobriu que estava com Aids. Se naquela época as informações e eram poucas, mal se sabia sobre a doença, tente imaginar no inicio de tudo? Das primeiras pessoas infectadas, das primeiras mortes, da loucura e do preconceito. Há muitos filmes que retratam o preconceito com o soro-positivo, e dentre eles recomendo Filadélfia com Tom Hanks. Um homem, homossexual, aidético que trabalhava numa grande companhia e um dos chefões descobre sobre sua sorologia e o demite por puro e simples preconceito. O filme vai retratando uma batalha judicial para adquirir seus direitos.
Antigamente AIDS/HIV era vista como doença de homossexuais, prostitutas e para pessoas que mantinham relações de risco. Hoje ao falarmos de relações de riscos são aqueles que praticam sexo sem camisinha. Vivemos em um mundo globalizado onde informações e mais informações entram em nossas casas em todos os tipos de comunicação, mas porque ainda há um elevadíssimo crescimento de pessoas infectadas pelo HIV?
Falta de informação? Não. Falta de aconselhamento pais/professores? Informação demais?... Talvez as principais causas sejam o desinteresse, sabe aquela famosa frase: “Comigo isso não vai acontecer”. HIPOCRISIA. Uns dos maiores índices de contaminação esta entre mulheres casadas e jovens. Devido que mulheres casadas acreditando que estão seguras em seus casamentos não exigem que seus respectivos maridos usem camisinha. E os jovens tão afoitos para começar sua vida sexual, achando tudo bonito e belo, esquecem ou apenas não querem usar camisinha.
Um fato que aconteceu comigo foi ouvir uma barbaridade. Desesperada para chegar ao cursinho, eu desço na estação de ônibus e uma coisa me chama atenção. Um homem com um microfone na mão falava aos quatro cantos que a Aids era uma maldição vinda dos céus para punir os pecadores. E fiquei ali olhando para o homem e me perguntando por que existem pessoas tão bitoladas, tão alienadas que não se dão conta do que falam? E depois tentei ficar imaginando como um soro-positivo reagiria? Decepcionado, frustrado, chocado e triste por que você se depara com uma realidade: “O homem nada sabe e não busca saber”.
Convivi com soros-positivos, eles sentem, amam, sorriem, falam, gritam, eles beijam, são carinhosos. São gente como agente, são humanos eles eram e aprendem. Não há o que temer e nem ter preconceito. Precisamos nos despir totalmente da discriminação. Olhar nos olhos e enxergar a pessoa e não a doença. É tão simples, fácil e caloroso. Mas sabemos que não é assim, pessoas tem pensamentos diferentes, criação diferentes, vidas diferentes. Que preferem viver bitolados e não querendo enxergar o que esta em sua volta. Espero que chegue o dia em que as pessoas comecem a se amar e ao próximo.

Ter HIV é viver sem preconceitos.