domingo, 26 de julho de 2009

Para declarar a minha saudade

Para declarar a minha saudade

Ontem um passado presente em minha vida.
Hoje um presente em meu futuro.
Há um ano estou sem saber o que é você

Sem saber se ainda me ama ou se me odeia.
Sem saber como é o seu sorriso ou seu cheiro...
Estou sentada olhando seu retrato

Antes fosse você, diante de mim.
Apontando seu dedo no meu rosto.
Berrando em meus ouvidos o quanto sou ridícula

O que queria mesmo era nunca tê-lo conhecido.
Ou ate mesmo nunca ter ouvido falar de você.
Mas eis a ironia do destino

Por mais tempo que ficávamos juntos.
Mais de mim você se enjoava.
Eu apenas o idolatrava.

E essa idolatria foi confundida com amor.
Ou será que eu senti amor?...
Não! Era amor próprio, você era meu reflexo

A minha imagem distorcida em um corpo diferente.
E um pensamento além do meu.
Nós nunca fomos feitos um para o outro.

Nunca compreendi você e você nunca aceitou como sou.
Você sempre me achando criança, uma adolescente sem causa.
Eu me derramava em lágrimas

Lágrimas essas que poderia abastecer milhões de nordestinos.
Mas apenas trouxe a enorme cheia dos rios afugentando os ribeirinhos.

Em gostos e comportamentos sempre fomos diferentes.
Enquanto amava fanta uva você bebia fanta laranja.
Enquanto você se derretia ouvindo Roupa Nova.
Eu ficava surda com o som do rock do silverchair

Quando escrevia sobre amores proibidos, a HIPOCRISIA era sua palavra favorita. Enquanto tentava me explicar sobre meus erros, você me xingava...

Talvez lá no fundo eu tenha amado você.
E você nunca sentiu nada por mim.
Não nascemos para ser amigos

Pois amizade é respeito, é calar para ouvir e ouvir para falar.
Nós dois gritávamos um com o outro.

Para você eu era uma mulher fria que não demonstrava meus sentimentos.
E você me escondia da sua vida com medo de mim

E esconder é o que estou tentando fazer.
Esconder-me de você e do bichinho da saudade que vive a correr atrás de mim

Da saudade da sua voz no telefone, dos seus berros no Messenger.
Da sua raiva do mundo, da palavra hipocrisia saindo de sua boca

Do seu riso e gargalhadas dadas das minhas piadas sem graça.
Do jeito estranho que me olhava, do seu mau humor
E do jeito que me chamava de negra flor...

Mas a saudade é um sentimento muito puro ao qual tento me proibir de sentir.
Pois os erros que cometi devem ser apagados da minha e sua memória.

Por isso me tornei-me cega para não ver suas fotos.
Tornei-me surda para não ouvir seu nome.
Desaprendi a ler para não entender suas poesias.

No final torno-me muda, pois será a ultima vez que falarei de você.

Porque eu sei que toda vez que ouvir a musica A Lenda no rádio.
Ver uma rosa desabrochar, uma borboleta voar
E o pôr-do-sol no mar eu sei que será seu fantasma a me assombrar.

E também sei que por mais que eu o ignore você sempre será um dos meus belos e piores motivos de olhar para o passado

E ver que você é a mais dolorida cicatriz do meu futuro e a mais inesquecível lembrança do meu passado.

Saudades sempre.

Apenas por um sorriso

Apenas por um sorriso

Apenas por um sorriso
Apaixonei-me pela sua boca
Encantei-me pelo seu olhar
E me vi na beira de um abismo

Apenas por um sorriso
Arrisquei-me por uma ilusão
Uma miragem criada pela minha mente
Uma brincadeira de faz-de-conta

Apenas por um sorriso
Acreditei em sonhos impossíveis
Entreguei-me a um sentimento sorrateiro
Fantasias, alegrias, inspirações

Apenas por um sorriso
Vendi a minha alma
Querendo encontrar o paraíso
Fui direto para a escuridão

Apenas por um sorriso
Eu te amei e amarei
Até que um dia diga
Que o seu sorriso era a minha penitencia.

Doce ignorância

Doce ignorância

Hoje, agora o que faço?
Você simplesmente me ignora
Parte para longe e vai embora
E fico perdida seguindo seus passos

Ontem escrevi um poema
De frases tão pequenas
Que diziam quanto forte era
O amor que trago no peito há décadas

Mas nenhum suplicio e grito
Ira fazer com que goste de mim
Pois quando amamos não forçamos
E sim conquistando dia pós dia

Eu, um pequeno ser de alma pura
Posso amá-lo com todo fervor do meu coração?
Posso sentir seus lábios juntos aos meus
Ou poderei morrer na ignorância de um sentimento?

Não há respostas para as minhas perguntas
Não nada para mim sem importância
O que me resta agora é esperar para amar
Ou viver na solidão eterna da sua espera.

Noites de promessas

Noites de promessas

Essa noite eu prometi
Que ficaria do seu lado
Beijaria seu rosto
Mas a ilusão invadiu minha alma

Mas a noite não termina
Caminho pela praia
Ouço o mar...
Meu coração a te desejar

Entre sonhos e ilusões
Você me abraça carinhosamente
E diz que tudo vai dar certo
Eu espero e esperarei sempre seu carinho

Acredite

Acredite

Por favor, me perdoe
Não posso deixar de te amar
Quando chego perto
Sinto que estou longe

Lembro-me quando dizia que me amava
Das juras feitas no calor da emoção
Acreditei que eram verdadeiras

Por favor, acredite que também não menti
Pois meu coração sofre de solidão
Meu amor, nada pode me separar de você
Busco entender o que aconteceu conosco

Mostre-me como é ficar sozinha
Por que é a única maneira
De deixar de amá-lo

Diga-me como posso estar
Mais perto do seu coração
Meu coração partido esta

Não brinque com meu coração
Só me diga a verdade, somente a verdade

Para que posso acreditar no seu amor
Para que eu possa verdadeiramente
Em nós dois.

Eu e meu começo

Eu e meu começo

Às vezes me pergunto
Outras nem respondo
Como pode um amor assim
Florescer numa manhã cinzenta?
Como posso ver apenas o seu sorriso?

Como todas as coisas malucas que encontramos
Também perdemos
Se fosse fácil esquecer um amor imenso
Os amantes não conseguiriam falar do amor

Por muitas vezes me sinto perdida
E outra me encontro no meio da escuridão
Nesse lugar fico a imaginar
Se fosse possível viver sem amar

Mas quando olho para trás
Vejo as lágrimas que derramei
Mas também vejo os sorrisos
Que proporcionei

E no final decido que nada tem fim
Apenas um novo começo.

Mentiras

Mentiras

Foi profundo e intenso
Foi à verdade criada da mentira
Foi meu ódio destruindo a harmonia
Foi solidão em plena compaixão

Sei que o encontro é belo
A união sincera é simples
Que há sempre o amanhã
Para seguirmos em frente

Amar não é pecado
Sofrer por ele é mera ilusão
Sentimentos alheios
Flores caídas

Mentiras decifradas

Perguntas

Perguntas

Gritar bem alto é meu desejo maior
Ser ouvida é um dos meus problemas
Há mil perguntas em minha mente
Procurando respostas concretas

Há milhões de desejos contidos
Por um homem casado, comprometido
Maldição por fazer alguém sofrer
Ou mera ilusão criada por ele

Porque tanta duvida rondam
O meu pensamento? Os fatos me destroem.
Por que nessa vida precisamos tanto de alguém?
E quando encontramos sinto que é errado?

Esse maldito orgulho de gerações familiares
Eis a minha maldição, minha perdição
A minha fraqueza humana despojada
O meu ódio, minha raiva, minha ira

Se há nesse universo algo maior
Que o próprio amor, eu quero encontrá-lo
Pois também quero descobrir as minhas respostas
Para ter o meu perdão tão desejado

Queria entender o porquê de gostar de alguém
Que só sabe sorrir para você. Que dom é esse?
Que força maior é essa que me leva a ele?
Porque ele esta sendo o motivo de burlar minhas regras?

Por que meu corpo estremesse quando o vejo?
Por que meu coração só falta soltar pela minha boca
Quando ele simplesmente toca a minha mão?
Porque sempre trocamos olhares e sorrisos?

Saber destas respostas seria a minha felicidade
Ou me jogaria num poço sem fundo e escuro
Por que tudo tem que ser perfeito
Quando busco apenas o imperfeito

Por que será que estou escrevendo isso
Se eu deveria esta lá contando a ele?
Será porque eu já saiba das respostas
E só estou evitando encarar a verdade.

Seja sempre seu os meus poemas

Seja sempre seu os meus poemas

Seja o meu vinhedo
Meu relicário campestre
Meu amor completo
Minha vida resplandece...

Seja as minhas palavras
Meus versos rimados
As poesias criticadas
O meu anoitecer

Seja a flor com espinhos
O dia que clareia
O meu coração que cresce
As minhas mãos a te tocar

Seja as minhas lágrimas
Os meus beijos dados
Meu sorriso sem jeito
Meus olhos a te desejar

Seja a minha vida
Meio que bandida
A minha inspiração
E respiração...

Seja meus ossos
A minha carne velha
Meu sangue corrompido
Pelo veneno que me deste

Seja a minha bipolaridade
A dualidade que insiste em mim
Os meus medos, os fantasmas
As minhas crendices...

Seja o que não conseguir ser
As minhas visões de araque
O meu grito calado
Pelos seus beijos

Mas no fim de tudo
Seja o meu sonho perfeito
Seja sempre seu os meus poemas
Seja sempre você e eu...

Duvidas

Duvidas

O coração arde na ausência
de quem você amou na inocência...
O que guardar a alma lavada
pelos beijos trocados falsos

O que fazer quando tudo
esta no fim de uma navalha
partir sem lembrar-se de mim
ou morrer enquanto espero o fim???