sábado, 6 de agosto de 2011

Inverno

Inverno

Quem foi que disse que a vida
Pode ser encontrada em um papel
Amassado pelo poeta que escrevia
O amor da sua vida em rimas?

Bem mal começou o inverno
E ainda vejo o olhar do homem
Perdido entre as ruas paulistanas
Cantarolando suas musicas favoritas

Saudades constroem uma
Parede de concreto onde
Só pode sentir o frio e úmido
Suspiro do vento castigando meu rosto

As flores murchadas,
Sem vida e sem calor.
O beijo quase que roubado em
Uma pequena sala de apartamento

O corpo quente do rapaz que
Esperava o corpo quente da moça
Já não sentiam tanto frio
No pequeno colchão no chão

O inverno me traz boas lembranças
Mas traz consigo os piores castigos
Que é essa distancia absurda
De comportamento e indiferença

Onde há lagrimas há dor também
Enquanto lá fora as chuvas de inverno
Começam a cair, aqui dentro.
Minhas lágrimas conhecem o meu rosto.

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