quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ao meu amor

Ao meu amor

Há muito tempo que eu desejava escrever-lhe. Hesitava, porém, entre o receio de a minha carta ser por você desprezada e a esperança de ser recebida com agrado. Neste momento tão solene da minha vida em que sou impedida por um conjunto de sensações estranhas venho declarar o meu amor por você.
Desde o primeiro momento em que o vi a minha alma sentiu-se tomada de certo sentimento, de um encanto agradável, para mim inexplicável. Perguntava-me o que seria esta emoção tão doce, tão suave que em meu peito começava a sentir. Veio o coração afirmar-me que eram os sintomas de um primeiro e sentido amor, e agradou-me esse doce sentimento. Esse sentimento sublime e tão nobre que nem a todos é permitido experimentar, foi você quem o implantou em minha alma.
O meu coração disse-me: - Eu amo – E todos os esforços que fiz para esquecer você, julgando-me indigna do seu amor, foram em vão. No canto melodioso das avezinhas, no suave perfume das flores, em tudo vejo seu suave perfil. Creio, pois, em toda a sinceridade do meu amor.
Não posso retardar a declaração do meu amor e creia que não é um sentimento passageiro, por que já o amo em silencio há muito tempo e esta amizade é tão profunda que me sinto capaz de tudo para conseguir ser amada por você. A luz do seu olhar foi como sol animador, que fez germina no meu coração a flor da esperança e o fruto do amor ardente.
Eu o amo, amo-o muito não por ser belo, o que só desperta admiração e não é qualidade suficiente para produzir amor. Mas o que me chamou atenção foram essas qualidades morais que embelezam seu coração. Direi que este amor que me domina não é esse sentimento ordinário e rasteiro que busca por distração trocar-se entre duas pessoas de sexo diferente, mas um amor impetuoso, uma paixão ardente. Tal é como o amo.
Portanto em poucas linhas escrevo tudo o que desejava lhe dizer. Eu não poderia ficar com este segredo escondido no intimo da minha alma. Acredite na sinceridade e na pureza deste amor que sinto por ti e não desdenhe dele se o julga desprezível. Resta-me só, para que seja feliz, que aceite com agrado a minha confissão singela, vinda do fundo do meu coração.
Rasgue este véu, mostre-me o Paraíso ou Inferno, e eu me resignarei ao destino que me traçar... Mas sempre o amando!!!

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