sábado, 23 de junho de 2012

Abstinência

Abstinência

Tic ... tac... tic... tac...
O relógio da parede
Não para de impor
As horas que não passam
O tempo que não reage
A essa ausência impaciente
Tudo me consome
Tudo me mata...

Tic... tac...
Me seguro para não
Ver o seu retrato
Sou fraca... sou impotente
Abro o baú onde esta
As suas coisas
Cheiro cada pedaço
Da sua roupa
Corro para a porta
Ao seu encontro
Me seguro... não posso!
Não devo... (silencio)

Tic... tac..
Minhas mãos tremulas
Não escondem a minha
Necessidade de estar junto
Da minha sede
Dos teus lábios
Da loucura de ser
Algo que não serei...

Tudo escurece
Caio no chão gélido
Percebo que estou só
Em um silencio
Quase que imaculado
Até ouvir o único som
Que ecoa do corredor
O som das batidas do relógio
Que insistiam em me dizer
Que o tempo não passa
Tic... tac... tic... tac...

Nenhum comentário: