sábado, 23 de junho de 2012

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Semente da vida

Por nove meses a mulher
Carrega em seu ventre
Um ser, uma vida.
O tesouro mais precioso
Que ela guarda dentro de si
Uma pequena sementinha da vida
O amor mais profundo
E intenso que uma mulher sente.
É esperar aquela criatura pequena
Crescer dentro de si
Se transformando em gente.
É amá-lo cada dia
Cada segundo da sua vida
E quando dia esperado
Ele sai de dentro de si
É uma explosão de emoções
Uma mistura de risos e lágrimas
Carinho e cuidado,
Pois ele é tão pequeno
Que a primeira vontade de uma mãe
É colocá-lo em seu peito e protegê-lo
E depois observar aquele pequenino
Crescer e se desenvolver
Tornando-se homem
E se lembrar que ele era apenas
Uma sementinha viva
Dentro de você
E que vai amá-lo por toda a sua vida.

Sanfoneiros e Flautistas

Em uma noite enluarada
Os sanfoneiros e os flautistas
Saíram nas ruas
Para fazer uma melodia
Uma serenata para uma
Linda morena dos olhos cor de mel
Com os lábios sedosos e da pele macia
Debaixo da varanda
Começam a sinfonia
Era um fi – fi - fi
Um ratatá ratatá
Um barulho só
Para a moça acordar
Despertando de um sono malicioso
A moça até a varanda foi verificar
E com um sorriso no rosto
Começou a dançar
E o cortejo só iria acabar
Até o dia clarear
Mas os visinhos chateados
Não queria baderna começar
E então começaram a vaiar
Os sanfoneiros e os flautistas
Pararam de tocar
De repente o silêncio tomou conta
Até que uma melodia passou a ser ouvida
Que vinha da varanda da morena bonita
Que cantarolava os seus versos
Para os homens que a cortejavam
E todos viam que estavam errados
Transformaram a serenata
Em festa da matina
Os sanfoneiros e os flautistas
Com suas sinfonias, cantaram e dançaram.
E como tinha que ser ate o dia clarear.

Na cama

Na cama
Você me ama
E me doma
Me completa e deseja
E se torna a minha fraqueza
Diante do mundo
Me escondo
No lugar mais profundo
Que é seu coração
Mas para aminha solidão
Me desperto de um sono
Fico imaginando
Que tudo não passou de uma ilusão
E esta distância impiedosa
Fez de mim uma rosa
Que desabrocha
No horizonte
Sem nenhuma fonte
De amor e paixão.

Você ouve o que o vento diz?

Você ouve o que o vento diz?
Ele trás consigo
As vozes dos seres
Que pedem socorro

É o mundo sendo destruído
Pelas mãos daqueles
Que ergueram e o transformaram

O vento também trás
As vozes daqueles que se calaram
Dos que não podem ser ouvidos
Porque as violências os tiraram da convivência humana

As pessoas estão  cansadas de gritar
Cansadas de agir
Nada mais basta do que esperar

Esperar que os humanos
Criem consciência do que estão fazendo
Consigo mesmo e com o mundo
Um dia levaram a destruição

Ou esperar para o fim do nada
Sem ter o amanha e nem um futuro
E ter esperança de que tudo mude.

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